

França anuncia acordo para criar Centro Pompidou no Brasil
O Centro Pompidou, um dos museus mais importantes de arte moderna e contemporânea do mundo, abrirá no final de 2027 sua primeira filial latino-americana, no Brasil, após a assinatura de um acordo anunciado nesta quarta-feira (28) pela França.
O arquiteto paraguaio Solano Benítez projetará o novo museu em Foz do Iguaçu, que entrará para o grupo dos que já foram abertos pelo Centro Pompidou na Espanha, China, Bélgica, Arábia Saudita e, em breve, na Coreia do Sul.
"Localizado no coração da região da Tríplice Fronteira, perto das Cataratas do Iguaçu", o futuro museu abrirá suas portas "em novembro de 2027" e buscará valorizar "a criação contemporânea sul-americana", afirmou o Ministério da Cultura francês.
O anúncio oficial da assinatura de um protocolo de acordo entre o Centro Pompidou e o estado do Paraná acontece poucos dias antes de uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país europeu em pleno ano cultural Brasil-França.
O acordo "marca uma nova etapa na cooperação entre França e Brasil, baseada nos valores comuns de compartilhamento, da criatividade e da abertura ao mundo", destaca o comunicado oficial.
Desde 2022, o Centro Pompidou, que possui unidades em Málaga, Xangai, Bruxelas, Al Ula e, em breve, Seul, assessora o estado do Paraná para a criação de um museu de renome internacional.
- "Inovador" -
O centro brasileiro "oferecerá uma programação multidisciplinar que vai misturar exposições, espetáculos ao vivo, grandes ciclos de cinema, festivais, conferências e residências de artistas", destacou o ministério.
As exposições contarão com parte das coleções do Centro Pompidou, que fechará suas portas em Paris em 22 de setembro para obras de reforma que devem durar pelo menos cinco anos.
Inaugurado em 1977 em um edifício com tubulações coloridas no coração da capital francesa, o museu possui um acervo de arte moderna e contemporânea de quase 140.000 obras, das quais 3.000 são expostas permanentemente.
Assim como a sede parisiense, a futura unidade de Foz do Iguaçu será construída diante de "uma praça aberta ao público" e abrigará oficinas educativas, uma biblioteca de pesquisa, laboratórios artísticos e lojas, entre outros, segundo a nota.
Solano, premiado em 2016 durante a Bienal de Veneza, tem como missão projetar um edifício "inovador e respeitoso do meio ambiente" para abrigar o futuro "Centro Pompidou x Paraná".
O arquiteto paraguaio, nascido em 1963 em Assunção, é especialista em tijolo e materiais brutos.
Q.Phillips--VC