Vancouver Courier - Mais de 1.200 voos são cancelados nos EUA por fechamento do governo federal

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Mais de 1.200 voos são cancelados nos EUA por fechamento do governo federal
Mais de 1.200 voos são cancelados nos EUA por fechamento do governo federal / foto: © AFP

Mais de 1.200 voos são cancelados nos EUA por fechamento do governo federal

Mais de 1.200 voos foram cancelados nos Estados Unidos, nesta sexta-feira (7), após a ordem do governo de Donald Trump de reduzir o tráfego aéreo para aliviar a tensão neste setor que sofre com a falta de pessoal causada pela paralisação orçamentária.

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Cerca de 40 aeroportos foram afetados pela medida, incluindo os três de Nova York, três que atendem Washington, os de Chicago, Los Angeles, San Francisco, Miami, Boston, Filadélfia, Atlanta e Dallas.

O fechamento parcial do governo federal por falta de fundos, que começou no dia 1º de outubro e nesta semana se tornou o mais longo da história dos Estados Unidos, deixou milhares de controladores de tráfego aéreo, pessoal de segurança aeroportuária e outros trabalhadores sem salário, o que levou à escassez de pessoal.

"Temos amigos que vêm da Europa para ficar conosco, e que viajam amanhã (sábado); estão um pouco assustados", disse à AFP Elvira Buchi, que foi buscar a filha no aeroporto LaGuardia, em Nova York. "Reduzir os voos, se for por segurança, claro. Mas nunca deveríamos ter chegado a esse ponto."

Mais de 1.200 voos foram cancelados nesta sexta-feira, segundo o site de monitoramento FlightAware, que apontou Chicago O'Hare, Atlanta e Denver como os aeroportos mais afetados.

A companhia aérea American Airlines disse em um comunicado que havia previsão de cerca de 220 voos cancelados por dia. Por sua vez, a Delta informou que cancelaria por volta de 170 voos nesta sexta.

As suspensões devem ser implementadas gradualmente, com uma redução inicial de 4% no tráfego aéreo nesta sexta-feira e de 10% na próxima semana, caso legisladores democratas e republicanos no Congresso continuem sem chegar a um acordo sobre o orçamento.

Nesta sexta-feira, esperava-se que o Senado tentasse, pela 15ª vez, adotar uma medida de financiamento de curto prazo para reabrir o governo, já aprovada pela Câmara dos Representantes. Porém, previa-se que a votação voltasse a fracassar.

O secretário de Transporte dos Estados Unidos, Sean Duffy, culpou os democratas pelos transtornos e afirmou que deveriam votar a favor da reabertura do governo.

"Acho que haverá muitos problemas a partir deste fim de semana, e não sei por que o governo permite que o bloqueio continue, especialmente quando se trata de algo tão essencial como a segurança e o conforto dos passageiros", questionou José Rincón, de 78 anos, no aeroporto de Miami.

– Longas filas –

Os cancelamentos de voos somam-se aos atrasos e longas filas nos controles de segurança, geridos por agentes que também estão há mais de um mês sem receber pagamento.

Essas medidas são implementadas justamente quando o país entra em sua alta temporada de viagens, com o Dia dos Veteranos e o Dia de Ação de Graças se aproximando.

"Se você precisa comparecer a um casamento, a um funeral ou a qualquer outro evento importante nos próximos dias, dado o risco de cancelamentos de voos, recomendo comprar uma passagem reserva em outra companhia aérea", sugeriu nas redes sociais o diretor da Frontier, Barry Biffle.

Por enquanto, os voos internacionais de longa distância não foram afetados, esclareceram as companhias United e Delta.

A United informou que os cancelamentos se concentram em "voos nacionais e regionais que não se conectam com seus principais centros de operação".

 

A Administração Federal de Aviação (FAA) informou em 31 de outubro que metade dos 30 principais aeroportos do país enfrenta escassez de pessoal e que quase 80% dos controladores de voo não compareceram ao trabalho nos aeroportos de Nova York.

Cerca de 14 mil controladores supervisionam o espaço aéreo americano. Todos os dias, mais de três milhões de passageiros embarcam em aviões no país.

P.King--VC