Vancouver Courier - Bombardeios russos contra prédios residenciais deixam seis mortos em Kiev

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Bombardeios russos contra prédios residenciais deixam seis mortos em Kiev
Bombardeios russos contra prédios residenciais deixam seis mortos em Kiev / foto: © AFP

Bombardeios russos contra prédios residenciais deixam seis mortos em Kiev

A Rússia matou seis civis ao bombardear áreas residenciais em Kiev, nesta sexta-feira (14), informou a Ucrânia, onde seu presidente, Volodimir Zelensky, denunciou um ataque "abominável" contra civis.

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Horas depois destes ataques, as autoridades ucranianas reportaram que um drone russo impactou um mercado no sul do país, causando a morte de duas pessoas.

O ataque também atingiu a embaixada do Azerbaijão, informou Baku, que assegurou que um míssil tipo Iskander destruiu parte de suas instalações, o que levou o país a convocar o embaixador russo.

No leste da capital ucraniana, jornalistas da AFP viram prédios residenciais com fachadas queimadas e janelas destruídas, além de socorristas buscando sobreviventes em meio aos escombros.

"As portas explodiram, havia chamas por todas as partes, o fogo se espalhava, os moradores gritavam", relatou Maria Kalchenko em frente a um dos prédios atingidos.

O presidente Zelensky denunciou um ataque "calculado com o objetivo de causar o maior dano possível à população e às infraestruturas civis".

Os bombardeios também deixaram cerca de 30 feridos e causaram danos em um hospital, em lojas e escritórios, informaram as autoridades.

- "Desprezo pela humanidade" -

A Rússia tem intensificado os ataques a Kiev nos últimos meses, e visa especialmente instalações energéticas, sistemas ferroviários e áreas residenciais.

A Alemanha afirmou que estes novos ataques demonstram o "desprezo pela humanidade" do presidente russo, Vladimir Putin.

Durante a noite, jornalistas da AFP viram balas traçantes usadas contra drones e o ativamento de vários sistemas antimísseis.

A força aérea ucraniana informou ter derrubado 405 dos 430 drones e 14 dos 19 mísseis disparados pela Rússia.

Um alto funcionário ucraniano destacou a eficácia das defesas que, segundo afirmou, evitaram que houvesse danos ainda maiores.

No entanto, advertiu para o uso crescente por Moscou de mísseis balísticos, difíceis de interceptar por sua velocidade e trajetória.

O Ministério da Defesa russo afirmou, em um comunicado, que suas forças lançaram um "ataque maciço" com drones e mísseis hipersônicos contra alvos militares e energéticos na Ucrânia.

Além dos ataques por ar, há meses as forças russas avançam por terra no leste da Ucrânia, tentando tomar o controle das regiões de Donetsk e Lugansk.

- Pressão do Ocidente -

Os ministros das Relações Exteriores do G7, reunidos esta semana no Canadá, pediram um cessar-fogo imediato na Ucrânia e reafirmaram seu "apoio inabalável" à integridade territorial do país.

Putin exige que a Ucrânia ceda mais territórios no leste como condição para pôr fim à guerra.

Kiev admitiu que centenas de soldados russos entraram na cidade de Pokrovsk (leste), que poderia estar prestes a cair nas mãos do exército inimigo.

A Ucrânia, por sua vez, intensificou os ataques contra infraestruturas russas e tem tentado atacar para além do front.

O presidente Zelensky afirmou que durante a noite foram usados mísseis de longo alcance Netuno contra alvos em território russo.

A Rússia reportou que destroços de um drone ucraniano atingiram uma usina nuclear na quinta-feira, o que provocou uma redução temporária de sua produção.

O ministro da Defesa russo assegurou que, durante a noite, suas forças derrubaram mais de 200 drones ucranianos em diferentes regiões do país.

Além disso, autoridades russas reportaram um incêndio em uma importante refinaria de petróleo no mar Negro e o ataque contra uma embarcação civil que deixou três feridos.

L.Martin--VC